Promovemos junto dos nossos fornecedores e nas nossas operações da área agroalimentar práticas de produção agrícola sustentável. São práticas que contribuem para a redução de impactes ambientais, em áreas como a poluição do solo, e para a preservação dos serviços dos ecossistemas, como é o caso dos polinizadores, com o objetivo de aumentar a resiliência dos sistemas produtivos e garantir a sua viabilidade económica e respetivo desenvolvimento social.
Foi com base nestes princípios que desenvolvemos o Manual de Agricultura Sustentável, que permite aos nossos fornecedores de fruta, legumes e flores calcularem o índice de sustentabilidade da sua exploração. Facilita-se assim a identificação de oportunidades de melhoria em áreas estratégicas, como o uso do solo, a preservação da biodiversidade, a eficiência nos consumos de água e energia, e a utilização adequada de fertilizantes e fitofármacos. Disponibilizamos também formação às explorações integradas no projeto, alinhando a metodologia utilizada no manual com os objetivos da estratégia europeia “Do Prado ao Prato”.
Em 2023, aplicámos os princípios do manual em 28 novas explorações agrícolas localizadas em Portugal, atingindo assim um total de 72 novos locais abrangidas pelo projeto no período de 2021-2023, cumprindo o nosso objetivo de integrar pelo menos 70 novas localizações nesse triénio. O índice de sustentabilidade médio destas novas explorações foi de 3,6 (numa escala de 1 a 5, em que 5 equivale à pontuação máxima).
Assumimos ainda o objetivo de assegurar um índice de sustentabilidade médio de pelo menos 3,7 para as explorações já sujeitas a duas ou mais avaliações. No período de 2021-2023 foram reavaliadas 65 explorações resultando num valor médio de 3,7, em linha com o objetivo a que nos propusemos. As reavaliações são normalmente realizadas de dois em dois anos e, de um modo geral, os indicadores com melhor pontuação (superior a 4) são os relacionados com a gestão de resíduos, as práticas culturais e os solos. Já os indicadores que apresentam maiores oportunidades de melhoria são os relacionados com a gestão e os consumos de energia.
Desde o início do projeto foram integradas 188 explorações agrícolas, sob gestão de 92 fornecedores, que, no seu conjunto, representam 63% do volume de compras de fruta, legumes e flores das nossas Companhias em Portugal.