À semelhança dos anos anteriores, registamos a tendência crescente de utilização de óleo de palma nos nossos produtos de Marca Própria, com enfoque significativo na Ara: mais de 85% traduz-se em óleos vegetais para cozinhar. Registamos em Portugal uma redução do uso de palma em Marca Própria fruto da sua substituição por óleos alimentares com um melhor perfil nutricional, como o óleo de girassol, por exemplo. Em 2023, 100% do óleo de palma utilizado nas Marcas Próprias e nos perecíveis na Polónia e em Portugal detinha certificação RSPO (Roundtable on Sustainable Palm Oil), sendo a grande maioria certificada de acordo com o modelo “Mass Balance” e “Segregated”1.
Apesar de se encontrar entre os cinco maiores produtores de óleo de palma a nível mundial, o nível de certificação RSPO ainda é relativamente baixo na Colômbia. Esta realidade, combinada com a nossa estratégia de promover as compras locais nos países onde estamos presentes, resulta numa dificuldade acrescida na certificação RSPO do óleo de palma produzido neste país. Desde 2021 que a Ara faz parte do “Acuerdo de Voluntades para la Deforestación Cero en la Cadena de Aceite de Palma en Colombia” (Acordo de Vontades para a Desflorestação Zero na Cadeia de Óleo de Palma na Colômbia), com o objetivo de assegurar que o óleo de palma utilizado nas Marcas Próprias e perecíveis não induz desflorestação. O Acordo é uma iniciativa do governo colombiano e conta com o apoio de organizações da sociedade civil, como a RSPO, a Proforest, a Tropical Forest Alliance e a WWF. Para o efeito, o Acordo atua num conjunto de frentes que vão desde a rastreabilidade do óleo de palma produzido na Colômbia até ao nível da quinta de produção, por forma a garantir que não está associado a desflorestação e a progressivamente assegurar que o óleo de palma importado tem certificado de sustentabilidade (ex.: RSPO).
Em 2023, mais de 90% do óleo de palma presente nos produtos de Marca Própria e perecíveis da Ara tinha origem na Colômbia e 13% detinha certificado RSPO (+10p.p. do quem 2022). Em 2023, conseguimos rastrear 91% do óleo de palma de origem colombiana utilizado nos produtos de Marca Própria e perecíveis até à área da exploração agrícola onde foi produzido. Com base nesta informação, verificámos que o óleo de palma proveio das quatro zonas de produção no país e de 28 (entre 68) unidades de transformação em funcionamento na Colômbia. No entanto, apenas 0,65% da desflorestação detetada pelos organismos públicos em 2020 estava associada ao óleo de palma2.
Em 2023, 98% do óleo de palma nas Marcas Próprias e perecíveis da Ara que não era proveniente da Colômbia tinha certificação RSPO (mais 24 p.p. que em 2022), em linha com o compromisso de assegurar que o óleo de palma com origem fora da Colômbia não está associado a desflorestação ou a conversão de ecossistemas de Alto Valor de Conservação.
1 Informação sobre estes sistemas de certificação está disponível no website da RSPO.
2 Dados revelados na análise do nível de desflorestação associada à produção de óleo de palma, realizada em 2023 pelo IDEAM – Instituto de Hidrologia Meterorología y Estudios Ambientales e pelo Ministério do Ambiente Colombiano.