As auditorias de qualidade e segurança alimentar são realizadas durante os processos de seleção de novos fornecedores de perecíveis e Marca Própria1, bem como para monitorizar os atuais fornecedores nas fases de desenvolvimento e produção. Estas auditorias avaliam várias componentes, como as condições de higiene e segurança alimentar, a rastreabilidade e aspetos laborais2. A sua frequência é definida com base em critérios que determinam o desempenho do fornecedor, considerando:
- o nível de perecibilidade do produto e/ou o historial de avaliações do risco por fornecedor;
- os resultados dos controlos analíticos, rejeições e reclamações;
- os resultados das auditorias anteriores;
- a existência de sistemas de certificação de segurança alimentar, segundo os standards aprovados pela Global Food Safety Initiative.

O resultado desta avaliação determina que os fornecedores avaliados com a classificação “Básico” serão auditados/visitados com uma periodicidade máxima de 6 meses. Os que obtêm uma avaliação de nível “Alto” serão auditados/visitados, no mínimo, de 12 em 12 meses e, no caso de uma avaliação de nível “Excelente”, é permitido um intervalo maior, que pode chegar aos 36 meses.
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2024 |
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2023 |
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Δ 2024/2023 |
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Colômbia |
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Perecíveis |
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209 |
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233 |
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-10,3% |
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Marca Própria – alimentar e não-alimentar |
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245 |
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226 |
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+8,4% |
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Polónia |
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Perecíveis2 |
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1.231 |
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1.401 |
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-12,1% |
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Marca Própria – alimentar e não-alimentar |
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467 |
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432 |
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+8,1% |
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Portugal |
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Perecíveis |
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924 |
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1.008 |
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-8,3% |
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Marca Própria – alimentar e não-alimentar |
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188 |
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250 |
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-24,8% |
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Em 2024, o número total de auditorias diminui 8% face a 2023. A diminuição das auditorias na área de perecíveis na Polónia e na Colômbia e nas áreas de perecíveis e Marca Própria em Portugal deve-se aos bons resultados obtidos, que determinaram uma menor frequência das auditorias de acompanhamento em 2024. O aumento das auditorias de Marca Própria na Colômbia e na Polónia resulta do aumento de potenciais fornecedores, o que levou à realização de mais auditorias de seleção.
Estas auditorias incluem ainda critérios de bem-estar animal aplicados a matadouros (com as quais as nossas Companhias e os seus fornecedores trabalham) dos fornecedores de perecíveis de carne que detenham explorações primárias. Os critérios avaliados têm por base o referencial da Global G.A.P. (Global Good Agricultural Practices) e a legislação em vigor. São avaliados aspetos gerais adaptados às diferentes categorias de carne (com condições específicas para carne bovina, de aves, de suínos, de coelhos e de borrego), nomeadamente condições da exploração, alimentação, transporte e atordoamento. Na Polónia, as explorações de ovos que fornecem a Biedronka são inspecionadas com base num modelo desenvolvido internamente e que avalia aspetos de bem-estar animal, como é o caso das condições de alojamento, alimentação, liberdade de movimentos e acesso a água fresca, entre outros.
Desempenho das auditorias de bem-estar animal (2023-2024)
Em 2024, estas auditorias foram realizadas na Colômbia e em Portugal (produção primária e matadouros), e na Polónia (produção primária). No total, foram realizadas 78 auditorias, menos 20% do que em 20233. Como referido anteriormente, esta redução está relacionada com as boas avaliações dos anos anteriores, que determinam uma menor frequência de novas auditorias de acompanhamento.
Na Polónia, foram realizadas mais de 200 inspeções a explorações de ovos desde 2018, alcançando o objetivo de auditar 100% das explorações que fornecem a Biedronka.
Desempenho das auditorias de bem-estar animal aos fornecedores de pescado de aquacultura (2024)
Adicionalmente, a Biedronka iniciou a auditoria aos fornecedores diretos de peixe fresco de aquacultura de acordo com a norma “Fish Welfare” do Grupo, que se baseia no referencial da norma de aquacultura da Global G.A.P. (Global Good Agricultural Practices) e na legislação em vigor. No total, todos os fornecedores avaliados obtiveram uma classificação de “Muita Boa performance”, representando 42% dos fornecedores diretos da Biedronka nesta categoria. Em Portugal, 100% do pescado fresco de aquacultura foi avaliado de acordo com estes critérios, uma vez que cerca de 70% dos fornecedores de pescado fresco de aquacultura em Portugal têm certificação Global G.A.P. e os restantes 30% foram incluídos nas auditorias de bem-estar animal coordenadas pelas nossas Companhias. Destes, apenas um fornecedor foi identificado como necessitando de melhorias relevantes. Foi partilhado um plano de correção e será realizada uma auditoria de acompanhamento.
Em 2024, trabalhámos também com fornecedores de carne de frango e peru em Portugal para promover a sua certificação de acordo com o selo Welfair™. Esta certificação baseia-se nos referenciais europeus Welfare Quality e AWIN®, e avalia e monitoriza a qualidade do bem-estar animal nas explorações, nas zonas de criação e nos matadouros. Em resultado do esforço conjunto de colaboração, terminámos o ano com 100% dos nossos fornecedores de frango e peru (carne) nas categorias de perecíveis e Marca Própria com certificação Welfair™, atribuída por entidades externas.
1 No caso de novos fornecedores com sistemas de certificação de segurança alimentar aprovados pela Global Food Safety Initiative, não é necessária uma auditoria de seleção, com exceção dos fornecedores de Marca Própria com avaliação de risco superior a “Baixo”. A Global Food Safety Initiative é uma coligação do The Consumer Goods Forum que avalia os sistemas de gestão de segurança alimentar nas cadeias de abastecimento com o objetivo de garantir um fornecimento de produtos alimentares seguros e de confiança para os consumidores. São reconhecidos por esta iniciativa um conjunto de esquemas como o British Retail Consortium (BRC), Global Good Agricultural Practices (Global G.A.P.), HACCP/Codex Alimentarius, International Featured Standards (IFS), Food Safety System Certification (FSSC) 22000 ou ISO 22000.
2 Os aspetos laborais correspondem a 10% do total da avaliação e estão relacionados com a qualidade e segurança dos produtos, sendo avaliados itens como condições de higiene e segurança no trabalho, formação, utilização de vestuário adequado, equipamentos de lavagem de mãos, regras de conduta e higiene pessoal, existência de áreas sociais, vestiários e instalações sanitárias adequados para colaboradores.
3 Esta variação foi recalculada para incluir inspeções em explorações de ovos levadas a cabo em 2023 e 2024.