O combate às alterações climáticas é uma das prioridades definidas na nossa Política Ambiental. Os compromissos e as ações assumidos e implementados por nós neste âmbito são divulgados no nosso Plano de Transição Climática, disponível no nosso website, e em “Compromissos de Sustentabilidade”.
Em 2024, as nossas metas de redução de gases com efeito de estufa (GEE) para o curto e longo prazos foram validadas pela Science Based Targets Initiative (SBTi), tornando-nos na primeira empresa de retalho alimentar com sede em Portugal a ver as suas metas de curto prazo e de neutralidade carbónica distinguidas por aquela iniciativa. Os nossos objetivos são os seguintes:
Curto prazo
- Reduzir em 55% as emissões de âmbitos 1 e 2 (Energia e Indústria) até 2033, face a 2021.
- Reduzir em 33% as emissões de âmbito 3 (Energia e Indústria) até 2033, face a 2021.
- Reduzir em 39% as emissões de Agricultura, Florestas e Solo (FLAG) até 2033, face a 2021.
Neutralidade carbónica
- Reduzir em 90% as emissões de âmbitos 1 e 2 (Energia e Indústria) até 2045, face a 2021.
- Reduzir em 90% as emissões de âmbito 3 (Energia e Indústria) até 2050, face a 2021.
- Reduzir em 72% as emissões de Agricultura, Florestas e Solo (FLAG) até 2050, face a 2021.
- Neutralizar as emissões residuais de GEE até 2050, através de projetos que cumpram critérios rigorosos de elegibilidade, em conformidade com as melhores práticas internacionais.
Estas metas de redução permitem assegurar o nosso alinhamento com os objetivos da UE de redução de emissões para 2030 e com as trajetórias que a ciência climática preconiza serem necessárias para assegurar o cumprimento do Acordo de Paris.
Como metas intermédias, definimos, até ao final de 2026, as seguintes ações:
- reduzir as emissões de carbono de âmbitos 1 e 2 do Grupo, em termos absolutos, em pelo menos 10%, face a 2021;
- reduzir em 5% as emissões de carbono resultantes do transporte de mercadorias para as lojas (em toneladas de CO2e por palete transportada), face a 2021.
No final de 2024, tínhamos reduzido em 19%, face a 2021, as emissões de GEE (âmbitos 1 e 2), cumprindo e superando a meta. No que respeita às emissões de carbono associadas ao transporte de mercadorias, em 2024, obtivemos uma redução de 6,1% face a 2021, superior à meta de 5% definida.
A prossecução dos nossos compromissos é suportada por um investimento contínuo, com ciclos de execução alinhados com o plano de negócios, por meio do qual promovemos a adoção de tecnologias de redução de carbono que permitirão a transição das nossas atividades para uma economia de baixo carbono. A maior parte desta despesa destina-se à aquisição de bens e serviços de atividades económicas relacionadas com a eficiência energética e as tecnologias de energias renováveis. Esta informação encontra-se detalhada em “As nossas ações de redução de emissões de carbono”.
Apesar de a Taxonomia ainda não as incluir como atividades elegíveis – e por este motivo não haver critérios técnicos definidos para a avaliação destas tecnologias – a diminuição das fugas de gases de refrigeração, principalmente os de elevado potencial de aquecimento global (PAG), dos nossos equipamentos de aquecimento, ventilação, ar condicionado e frio industrial também assume um papel relevante na redução da nossa pegada de carbono. Em 2024, as emissões provenientes deste tipo de equipamentos representaram cerca de 15% das nossas emissões de âmbitos 1 e 2. Desde 2015 que estabelecemos um plano global para a substituição de gases de refrigeração com elevado PAG por gases de refrigeração naturais (ex., dióxido de carbono, amónia ou propano) ou com baixo PAG (ex.: R1234ze), como detalhado neste capítulo, em “As nossas ações de redução de emissões de carbono”.
A par da gestão dos gases de refrigeração nestes equipamentos, implementámos outras medidas de eficiência energética que não são ainda consideradas no Ato Delegado do Clima, e que também constituem um importante contributo para o atingimento das metas da Comissão Europeia, nomeadamente:
- a instalação de equipamentos com um melhor desempenho energético (ex., móveis refrigerados e arcas congeladoras com portas e tampas que evitam o desperdício de energia);
- a comercialização de produtos e embalagens com certificações de sustentabilidade, que asseguram a implementação de boas-práticas agrícolas, de produção e/ou que não estão associadas à desflorestação ou à conversão de ecossistemas de Alto Valor de Conservação;
- os trabalhos que temos desenvolvido com os nossos fornecedores para a promoção de práticas agrícolas sustentáveis e de erradicação da desflorestação nas nossas cadeias de abastecimento1.
1 De acordo com o regulamento da UE relativo às cadeias de abastecimento de produtos não associados à desflorestação, estima-se que a desflorestação seja responsável por cerca de 11% do total de emissões mundiais de carbono e que cerca de metade destas estão ligadas à produção agrícola.