Carne Bovina
Os nossos produtos de Marca Própria e perecíveis que contêm carne bovina estão alinhados com o Elemento 1 do roadmap da FPCoA para esta matéria-prima.
O nosso compromisso é garantir que, até 2025, a carne bovina presente nos nossos produtos de Marca Própria e perecíveis não está associada nem à desflorestação nem à conversão de ecossistemas de AVC. Assumimos as diferentes datas-limite alinhadas com os acordos setoriais que existem, como é o caso das datas-limite para a desflorestação legal da carne bovina da Amazónia. Para qualquer região do Brasil, a data-limite para desflorestação e conversão ilegais é, no máximo, 1 de agosto de 2008; para desflorestação e conversão zero a data-limite é, no máximo, 1 de agosto de 2020.

Pretendemos aumentar a rastreabilidade da carne bovina com o intuito de identificar a sua origem e garantir que a mesma é sustentável – sobretudo nos países com risco de desflorestação. Nesses casos, incentivamos os nossos fornecedores a adotar políticas e compromissos que estejam alinhados com os princípios da FPCoA, especialmente para a prevenção da desflorestação e proteção dos ecossistemas.
Comprometemo-nos ainda a assegurar que 100% da carne bovina de Marca Própria ou perecíveis é rastreada até pelo menos ao país de origem e que sempre que seja proveniente de locais onde o risco não é negligenciável é assegurada a rastreabilidade até ao nível da quinta de produção.
Progresso em 2024
O consumo de carne bovina – incluindo miudezas, couro e sebo – em 100% do nosso sortido de Marcas Próprias e perecíveis foi de 40.337 toneladas em 2024. Tal como no ano anterior, conseguimos rastrear e mapear 100% da carne bovina presente nos nossos produtos de Marca Própria e perecíveis até, pelo menos, ao país de origem. Essa análise permitiu identificar que aproximadamente 0,4% da carne utilizada tinha origem no Brasil, país considerado de risco de desflorestação e conversão em termos de produção pecuária.

Apesar da nossa exposição a este ingrediente ser muito limitada, continuamos a participar ativamente no grupo de trabalho sobre carne bovina da FPCoA. Colaboramos com os fornecedores e promovemos a partilha de informação ao longo da cadeia de abastecimento, sobretudo entre os nossos fornecedores diretos e os meatpackers localizados em países com risco não negligenciável, para que possam adotar práticas de produção mais sustentáveis.
De acordo com a metodologia, os países de risco negligenciável são considerados como livres de desflorestação e conversão de ecossistemas de AVC. Podemos, então, presumir que 99,6% do nosso consumo de carne bovina é DCF, um valor semelhante a 2023.
Envolvimento com fornecedores e meatpackers
Comunicámos as nossas políticas, compromissos e progressos no combate à desflorestação, à conversão de ecossistemas com AVC e à violação dos direitos humanos – em linha com a FPCoA – a todos os fornecedores de carne bovina, sensibilizando-os para assumirem os mesmos compromissos nas suas operações.
Esta comunicação foi reforçada junto de todos os fornecedores de carne bovina proveniente de países de risco (Brasil) e de outras origens da América do Sul (Argentina e Paraguai).
Em 2024, identificámos as políticas de combate à desflorestação dos nossos principais fornecedores e verificámos se detinham mecanismos de controlo da desflorestação e conversão – incluindo datas-limite e sistemas adequados de rastreabilidade dos seus fornecedores diretos e indiretos.
Mapeámos ainda, até ao nível do matadouro, todo o nosso consumo deste ingrediente proveniente da Argentina e do Paraguai. Os fornecedores e meatpackers desta commodity com origem no Brasil foram questionados acerca da existência de um sistema de controlo de compras de carne de bovino, como especificado no Protocolo de Monitoramento de Fornecedores de Gado da Amazônia e no Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no Cerrado, e se o mesmo se estendia aos seus fornecedores indiretos.
Os principais meatpackers responsáveis pelo nosso consumo de carne bovina foram avaliados pelo CDP – Disclosure Insight Action (anteriormente Carbon Disclosure Project). Em 2024, os meatpackers com a classificação A no programa Florestas representaram 35% do nosso consumo, com a classificação B representaram 3%, enquanto 58% obteve a classificação de C. Apenas 4% não foi avaliado.
Todos os meatpackers da nossa cadeia de abastecimento com operações no Brasil foram informados sobre o roadmap para a carne de bovino da FPCoA e do Guidance for Forest Positive Suppliers of Cattle Derived Products.
Em 2024, os nossos fornecedores diretos foram convidados para dois encontros sobre a temática do Regulamento da UE sobre Produtos Livres de desflorestação (EUDR) onde foi abordada a problemática da desflorestação associada a esta commodity.
Em 2025, continuaremos a trabalhar em conjunto com os nossos fornecedores de carne bovina proveniente do Brasil, com o objetivo de fortalecer sinergias e promover a comunicação entre os fornecedores diretos e os meatpackers.