Relatório e Contas 2024

28. Riscos financeiros

O Grupo encontra-se exposto a diversos riscos financeiros, nomeadamente: i. risco de preço, que inclui risco de taxa de juro, cambial e preço da energia elétrica; ii. risco transacional, que inclui risco de crédito e de liquidez; e iii. risco decorrente do portefólio de investimentos do Grupo, que abrange diversos riscos económico-financeiros, como os de taxa de juro, crédito, cambial ou inflação, assim como políticos e fiscais.

A gestão desta categoria de riscos concentra-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procura minimizar os efeitos adversos dessa imprevisibilidade no desempenho financeiro do Grupo.

A este nível, certas exposições são geridas com recurso a instrumentos financeiros derivados.

A atividade desta área é conduzida pela Direção de Operações Financeiras, sendo responsável, com a cooperação das áreas financeiras das Companhias do Grupo, pela identificação e avaliação dos riscos e pela execução da cobertura de riscos financeiros, seguindo para o efeito as linhas de orientação que constam da Política de Gestão de Riscos Financeiros.

Trimestralmente, são apresentados à Comissão de Auditoria relatórios de compliance com a Política de Gestão de Riscos Financeiros.

28.1. Risco de preço

28.1.1. Risco cambial

A principal fonte de exposição a risco cambial advém das operações que o Grupo desenvolve na Polónia e na Colômbia.

Além dessas exposições, o Grupo adquire, no âmbito das atividades comerciais das suas subsidiárias, mercadorias em moeda estrangeira, primordialmente euros e dólares americanos, no caso das operações Polacas e Colombianas, e em dólares americanos no caso das operações Portuguesas. Regra geral, são transações com exposição temporal muito curta. Os riscos cambiais associados às importações são cobertos por compras a prazo da moeda de pagamento.

A gestão de risco cambial das Companhias operacionais está centralizada na Direção de Operações Financeiras do Grupo. Sempre que possível, as exposições são geridas através de operações de cobertura natural, nomeadamente através da contratação de dívida financeira em moeda local. Quando tal não se revela possível, são contratadas operações, mais ou menos estruturadas tais como: swaps, forwards ou opções.

A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio em instrumentos financeiros reconhecidos em 31 de dezembro de 2024, era a seguinte:

Exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio em instrumentos financeiros

Em 31 de dezembro de 2024

 

Euro

 

Złoty

 

Peso colombiano

 

Total

Ativos

 

 

 

 

 

 

 

 

Caixa e equivalentes de caixa

 

492

 

1.200

 

131

 

1.823

Outros investimentos financeiros

 

2

 

 

 

2

Devedores, acréscimos e diferimentos

 

131

 

700

 

31

 

862

Instrumentos financeiros derivados

 

0

 

0

 

 

0

Total de ativos financeiros

 

626

 

1.901

 

162

 

2.688

Passivos

 

 

 

 

 

 

 

 

Empréstimos obtidos

 

54

 

257

 

692

 

1.003

Responsabilidades com locações

 

620

 

2.708

 

590

 

3.918

Instrumentos financeiros derivados

 

13

 

4

 

 

17

Credores, acréscimos e diferimentos

 

1.278

 

4.482

 

491

 

6.250

Total de passivos financeiros

 

1.965

 

7.450

 

1.772

 

11.188

Posição financeira líquida em balanço

 

(1.339)

 

(5.550)

 

(1.611)

 

(8.499)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em 31 de dezembro de 2023

 

 

 

 

 

 

 

 

Total de ativos financeiros

 

634

 

1.972

 

136

 

2.742

Total de passivos financeiros

 

1.985

 

6.724

 

1.660

 

10.370

Posição financeira líquida em balanço

 

(1.351)

 

(4.751)

 

(1.524)

 

(7.627)

Considerando a posição dos ativos e passivos financeiros em balanço a 31 de dezembro de 2024, uma depreciação do złoty face ao euro na ordem dos 10% teria um impacto positivo em reservas cambiais nos capitais próprios de €504 milhões (em 31 de dezembro de 2023: um impacto positivo de €457 milhões). Em relação ao peso colombiano, uma depreciação face ao euro de 10% teria um impacto positivo em reservas cambiais nos capitais próprios de €146 milhões (em 31 de dezembro de 2023: um impacto positivo de €139 milhões).

Considerando os ativos financeiros líquidos relacionados com atividades operacionais que algumas subsidiárias do Grupo mantêm em moedas distintas da sua moeda funcional, uma depreciação de 10% da taxa de câmbio teria um impacto negativo em resultados de €52 milhões.

Atendendo ao conjunto dos ativos líquidos (financeiros e não financeiros) ao qual o Grupo se encontra exposto em złoty e em pesos colombianos, o efeito de uma depreciação de 10% dessas moedas, teria um impacto negativo de €145 milhões no total dos capitais próprios (em 31 de dezembro de 2023: um impacto negativo de €164 milhões).

28.1.2. Risco de taxa de juro (fluxos de caixa e justo valor)

Todos os passivos financeiros estão, de forma direta ou indireta, indexados a uma taxa de juro de referência, o que expõe o Grupo a risco de cash flow. Parte desses riscos são geridos com recurso à fixação de taxa de juro, o que expõe o Grupo a risco de justo valor.

A exposição a risco de taxa de juro é analisada de forma contínua. Para além da avaliação dos encargos futuros, com base nas taxas forward, realizam-se testes de sensibilidade a variações no nível de taxas de juro. O Grupo está exposto, fundamentalmente, à curva de taxa de juro do euro, do złoty e do peso colombiano.

A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

  • Alterações nas taxas de juro do mercado afetam proveitos ou custos relativos a juros de instrumentos financeiros negociados a taxas de juro variáveis;
  • Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afetam os proveitos ou custos com juros relativos a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas se estes estiverem reconhecidos ao justo valor;
  • Alterações nas taxas de juro de mercado afetam o justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros;
  • Alterações no justo valor de instrumentos financeiros derivados e outros ativos e passivos financeiros são estimados descontando os fluxos de caixa futuros de valores atuais líquidos, utilizando taxas de mercado no momento da avaliação.

Para cada análise, qualquer que seja a moeda, são utilizadas as mesmas alterações às curvas de taxa de juro. As análises são efetuadas para a dívida líquida, ou seja, são deduzidos os depósitos e aplicações em instituições financeiras e instrumentos financeiros derivados. As simulações são efetuadas tendo por base os valores líquidos de dívida e o justo valor dos instrumentos financeiros derivados às datas de referência e a respetiva alteração nas curvas de taxa de juro.

Baseado nas simulações realizadas em 31 de dezembro de 2024, ignorando o efeito dos derivados de taxa de juro, uma subida de 50 p.b. nas taxas de juro teria um impacto positivo, mantendo tudo o resto constante, de €4 milhões (2023: positivo em €6 milhões). Estas simulações são realizadas uma vez por trimestre, mas são revistas sempre que ocorrem alterações relevantes, tais como: emissão, resgate ou reestruturação de dívida, variações significativas nas taxas diretoras e na inclinação das curvas de taxa de juro.

28.1.3. Risco de preço da energia elétrica

No âmbito da sua atividade, o Grupo está exposto à flutuação dos preços de energia, uma vez que os seus contratos de fornecimento de energia elétrica são indexados a preço de mercado de referência, expondo o Grupo ao risco de variabilidade dos fluxos de caixa. O Grupo analisa regularmente a evolução do preço de energia elétrica, em todas as geografias onde opera, e quando as condições de mercado o permitam, procura fixar, para períodos mais ou menos longos, o preço da energia elétrica com os seus fornecedores, como forma de mitigar o respetivo risco. É o caso das empresas em Portugal, para as quais foi possível fixar o preço por Mwh com o operador de eletricidade, até 2027.

Adicionalmente, tal como descrito na nota 12, foi celebrado um contrato de liquidação financeira, sobre o preço da eletricidade cobrindo uma parte das necessidades do Grupo. A 31 de dezembro de 2024, o justo valor deste instrumento financeiro derivado era de €12,8 milhões negativos (€5,8 milhões negativos a 31 de dezembro de 2023).

Baseado nas simulações realizadas em 31 de dezembro de 2024, um aumento/redução de 5% (deslocação paralela da curva de preços) no preço da energia elétrica teria um impacto positivo/negativo, mantendo tudo o resto constante, de cerca de €2,8 milhões.

Para mais informação sobre a forma como gerimos o consumo de energia do Grupo, as nossas ações de redução de emissões de carbono, bem como o nosso plano de transição climática, consulte “Alterações climáticas”.

28.2. Risco transacional

28.2.1. Risco de crédito

O Grupo gere de forma centralizada a sua exposição a riscos de crédito sobre os seus depósitos bancários, aplicações financeiras e derivados contratados junto de instituições financeiras, competindo às Direções Financeiras das unidades de negócio a gestão do risco de crédito sobre os seus clientes e outros devedores.

Relativamente às instituições financeiras, o Grupo seleciona as contrapartes com que faz negócio com base nas notações de ratings atribuídas por uma das entidades independentes de referência. Para além da existência de um nível mínimo de rating aceitável para as instituições com quem se relaciona, existe ainda um valor máximo de exposição a cada uma destas entidades financeiras.

Permite-se que o banco onde cada Companhia deposita as suas receitas de lojas possa ter uma notação de rating inferior ao definido na política geral, na condição, porém, de o valor máximo de exposição não ultrapassar dois dias de vendas dessa empresa operacional.

A seguinte tabela apresenta um resumo, em 31 de dezembro de 2024 e 2023, da qualidade de crédito dos depósitos bancários, aplicações e instrumentos financeiros derivados de curto prazo com justo valor positivo:

Resumo da qualidade de crédito dos depósitos bancários, aplicações e instrumentos financeiros derivados de curto prazo com justo valor positivo

 

 

 

 

Saldo

Instituições financeiras

 

Rating

 

2024

 

2023

Standard & Poor’s

 

[A+ : AA]

 

42

 

379

Standard & Poor’s

 

[BBB+ : A]

 

312

 

522

Standard & Poor’s

 

[BB+ : BBB]

 

25

 

326

Moody’s

 

[A2 : A1]

 

248

 

203

Moody’s

 

[A3]

 

92

 

Moody’s

 

[Baa2:Ba1]

 

90

 

1

Fitch

 

[A- : A+]

 

536

 

481

Fitch

 

[BBB- : BBB+]

 

458

 

3

Fitch

 

[B- : BB+]

 

1

 

89

 

 

Não disponível

 

73

 

73

Total

 

 

 

1.878

 

2.076

Os ratings apresentados correspondem às notações atribuídas por agências de rating internacionais, enquadradas na política de gestão de risco financeiro do Grupo.

Em relação aos créditos comerciais a receber (clientes), o risco está essencialmente circunscrito ao negócio de Cash & Carry, já que os demais negócios operam numa base de venda a dinheiro ou com recurso a meios de pagamento eletrónicos, principalmente cartões bancários (débito e crédito). Este risco é gerido com base na experiência e conhecimento individual do cliente e/ou imposição de limites de crédito, cuja monitorização é feita mensalmente e revista anualmente pela Auditoria Interna. Adicionalmente, a empresa recorre à cobertura de seguros de crédito como forma de mitigação do risco associado.

A seguinte tabela apresenta uma análise da qualidade de crédito dos saldos a receber de clientes e outros devedores sem incumprimento, nem imparidade:

Qualidade de crédito dos ativos financeiros

 

 

2024

 

2023

Saldos de novos clientes (menos de seis meses)

 

3

 

1

Saldos de clientes sem histórico de incumprimento

 

66

 

59

Saldos de clientes com histórico de incumprimento

 

6

 

6

Saldos de outros devedores com garantias prestadas

 

18

 

22

Saldos de outros devedores sem garantias prestadas

 

200

 

178

Total

 

293

 

266

A seguinte tabela apresenta uma análise da concentração de risco de crédito de valores a receber de clientes e outros devedores, tendo em conta a sua exposição para com o Grupo:

Concentração de risco de crédito dos ativos financeiros

 

 

2024

 

2023

 

 

N.º

 

Saldo

 

N.º

 

Saldo

Clientes com saldo superior a €1.000 milhares

 

13

 

10

 

3

 

6

Clientes com saldo entre €250 milhares e €1.000 milhares

 

29

 

14

 

34

 

13

Clientes com saldo inferior a €250 milhares

 

9.062

 

50

 

8.701

 

48

Outros devedores com saldo superior a €250 milhares

 

77

 

169

 

85

 

147

Outros devedores com saldo inferior a €250 milhares

 

2.659

 

50

 

2.691

 

51

 

 

11.840

 

293

 

11.514

 

266

A exposição máxima ao risco de crédito, às datas de 31 de dezembro de 2024 e 2023, é o respetivo valor de balanço dos ativos financeiros.

28.2.2. Risco de liquidez

A gestão do risco de liquidez passa pela manutenção de um adequado nível de disponibilidades, assim como pela negociação de linhas e limites de crédito que permitam, não apenas garantir o desenvolvimento normal das atividades do Grupo, mas também assegurar alguma flexibilidade para absorção de choques exógenos à atividade.

A gestão das necessidades de tesouraria é feita com base no planeamento de curto prazo (realizado diariamente), tendo subjacente os planos anuais, que são revistos de forma regular ao longo do ano.

A tabela abaixo apresenta as responsabilidades do Grupo por intervalos de maturidade residual contratual. Os montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa contratuais não descontados. Adicionalmente, é de realçar que todos os instrumentos financeiros derivados que o Grupo contrata são regularizados/pagos pelo seu valor líquido.

Exposição ao risco de liquidez

2024

 

Menos de
1 ano

 

Entre
1 e 5 anos

 

Mais de
5 anos

Empréstimos obtidos

 

545

 

496

 

117

Instrumentos financeiros derivados

 

(1)

 

 

18

Credores

 

5.830

 

 

Responsabilidades com locações

 

670

 

2.248

 

3.372

Total

 

7.044

 

2.744

 

3.507

Exposição ao risco de liquidez 2023

2023

 

Menos de
1 ano

 

Entre
1 e 5 anos

 

Mais de
5 anos

Empréstimos obtidos

 

538

 

294

 

23

Instrumentos financeiros derivados

 

(2)

 

(5)

 

19

Credores

 

5.745

 

 

Responsabilidades com locações

 

577

 

1.870

 

2.863

Total

 

6.857

 

2.158

 

2.905

O Grupo, no âmbito da emissão de dívida de médio e longo prazo, tem previstos em contratos alguns covenants usuais neste tipo de financiamentos.

Estes covenants incluem:

  • Limitações na alienação e penhor de ativos, acima de determinados limites;
  • Limitações nas fusões e/ou cisões quando as mesmas impliquem a saída de ativos acima de determinado limite do perímetro de consolidação;
  • Cláusula de manutenção do controlo da sociedade emitente pelo atual acionista maioritário;
  • Limite nos rácios de Dívida Líquida/EBITDA, com os cálculos efetuados excluindo o efeito da adoção da IFRS 16;
  • Cumprimento de standards sociais e ambientais.

Em alguns casos, o não cumprimento destes rácios pode implicar o vencimento antecipado da dívida associada. Em dezembro de 2024 o Grupo cumpria com todos os covenants assumidos na dívida que tinha emitida.

O Grupo mantém ao longo do ano reservas de liquidez sob a forma de linhas de crédito contratadas junto das instituições financeiras com que se relaciona, de forma a assegurar a capacidade de cumprir com os seus compromissos, sem ter de se financiar em condições desvantajosas e desfavoráveis. Assim, em 31 de dezembro de 2024, o Grupo tinha contratadas linhas de crédito que não se encontravam a ser utilizadas no montante global de €1.142 milhões.

Adicionalmente, o Grupo possuía em 31 de dezembro de 2024 uma reserva de liquidez constituída por Caixa e equivalentes de caixa no montante de €1.823 milhões.

O Grupo estima assim satisfazer todas as suas necessidades de tesouraria com recurso aos fluxos da atividade operacional, a reservas de liquidez, e, caso venha a ser necessário, recorrendo às linhas de crédito disponíveis.

Credores

A rubrica de Credores compreende essencialmente as responsabilidades com fornecedores de mercadorias, que, à data de 31 de dezembro de 2024, representavam 85% do valor total. As empresas do Grupo acordam com os seus fornecedores diferentes condições de pagamento, que ficam estabelecidas em contrato geral de fornecimento, tendo em consideração as práticas habituais de mercado, a tipologia e dimensão dos fornecedores e a categoria dos produtos abastecidos.

A tabela abaixo apresenta as responsabilidades com fornecedores de mercadorias, segregando os montantes pagos ao abrigo de protocolos de confirming.

Responsabilidades com fornecedores de mercadorias

 

 

€ milhões

 

%

 

Intervalo de prazos de pagamento

Responsabilidades com fornecedores, ao abrigo de protocolos de confirming (os quais recebem as suas faturas em 7 dias)

 

882

 

17,8%

 

75% das responsabilidades foram pagas entre 30 e 60 dias

Responsabilidades com fornecedores, não enquadrados em protocolos de confirming

 

4.061

 

82,2%

 

72% das responsabilidades foram pagas entre 30 e 60 dias

Credores, acréscimos e diferimentos – Fornecedores (nota 21)

 

4.943

 

 

 

 

As responsabilidades pagas fora dos intervalos acima apresentados respeitam essencialmente a produtos alimentares perecíveis, para os quais se acordam prazos de pagamento inferiores a 30 dias, ou a produtos não-alimentares de baixa rotação (por exemplo livros ou brinquedos), para os quais é usual acordar prazos mais dilatados.

Acordos de financiamento com fornecedores (“confirming” ou “reverse factoring”)

Conforme referido nas notas 2.8 e 20, algumas subsidiárias do Grupo celebraram protocolos de confirming com instituições financeiras, de adesão voluntária por parte dos fornecedores, que lhes permitem antecipar o recebimento das suas faturas para cerca de 7 dias, mediante um custo. De acordo com as condições destes protocolos, os montantes permanecem classificados como valores a pagar a fornecedores, considerando que, em substância, se mantêm as características de dívida comercial. Os fornecedores que não aderem a estes protocolos recebem no prazo acordado contratualmente.

À data de 31 de dezembro de 2024, as responsabilidades existentes ao abrigo de protocolos de confirming ascendiam a €882 milhões, representando 17,8% do total de fornecedores de mercadorias, não existindo montantes para além dos prazos de pagamento acordados com os fornecedores.

Mais informações, especificamente acerca de ações no âmbito de sustentabilidade, encontram-se detalhadas em ”Iniciativas e práticas de pagamento a fornecedores”.

28.2.3. Gestão de risco de capital

O Grupo procura manter um nível de capitais próprios adequado que lhe permita não só assegurar a continuidade e desenvolvimento da sua atividade, como também proporcionar uma adequada remuneração para os seus acionistas e a otimização do custo de capital.

O equilíbrio da estrutura de capital é monitorizado com base no rácio de alavancagem financeira (Gearing), calculado de acordo com a seguinte fórmula: Dívida líquida/Fundos de acionistas, e pelo rácio Dívida líquida/EBITDA. O Conselho de Administração estabeleceu como alvo um nível de Gearing inferior a 100%, consistente com uma notação de rating de investimento (investment grade) e um rácio Dívida líquida/EBITDA inferior a 3.

Os referidos rácios, a 31 de dezembro de 2024 e 2023, calculados sem o efeito da adoção da norma IFRS 16, conforme são analisados pela Gestão, eram os seguintes:

Rácios de Gearing

 

 

2024

 

2023

Capital investido

 

2.749

 

2.061

Dívida líquida

 

(726)

 

(1.184)

Fundos de acionistas

 

3.475

 

3.245

Gearing1

 

n.a.

 

n.a.

EBITDA

 

1.622

 

1.655

Dívida líquida/EBITDA

 

(0,4)

 

(0,7)

1

A 31 de dezembro de 2024 e 2023 a dívida líquida era positiva.

Bens perecíveis
Produtos com um prazo de validade limitado e que requerem um armazenamento adequado para evitar que se estraguem, por exemplo, frutas frescas, vegetais, alimentos prontos a consumir, carne e peixe vendidos ao balcão e produtos lácteos.
Gearing
Gearing é o montante de dívida que uma empresa utiliza para financiar as suas operações em relação ao capital próprio. A métrica financeira é obtida dividindo a Dívida Líquida pelos Fundos dos Acionistas (Interesses não controlados, Capital e Lucros retidos) inscritos no Balanço.

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