Para além das visitas e auditorias, também disponibilizamos ações de sensibilização e formação aos nossos fornecedores, com vista a promover a melhoria contínua. Estas são ferramentas de intercâmbio de conhecimento, essenciais para a partilha e definição de boas práticas, objetivos comuns e identificação de oportunidades de melhoria de produtos e processos. Quanto melhor for o desempenho dos nossos fornecedores, melhor as nossas Companhias poderão responder aos seus desafios de sustentabilidade, em especial no que respeita aos objetivos relacionados com a cadeia de abastecimento, como as metas de redução das emissões de âmbito 3.
Em 2024 foram realizadas várias sessões de formação, numa multiplicidade de temas relacionados com sustentabilidade. Estão incluídos os tópicos da segurança alimentar e food defense, bem-estar animal (incluindo pescado de aquacultura), temas sociais e ambientais na cadeia de abastecimento, auditorias ambientais e sociais, pegada de carbono ao longo da cadeia de valor (emissões de âmbito 3), princípios de ecodesign de embalagens, utilização responsável de pesticidas, combate à desflorestação e regulamentação europeia conexa, gestão da água e agricultura sustentável e regenerativa.
Mais de 2.000 representantes de fornecedores de perecíveis e Marca Própria participaram nestas iniciativas em Portugal, Polónia e Colômbia.
Promoção de práticas agrícolas sustentáveis junto dos fornecedores
A produção agrícola sustentável contribui para reduzir os impactes em domínios como a poluição dos solos e para preservar os serviços dos ecossistemas, como os prestados pelos polinizadores. Paralelamente, estas práticas aumentam a resiliência dos sistemas produtivos, assegurando a sua viabilidade económica e respetivo desenvolvimento social.
Por este motivo, desenvolvemos o Manual de Agricultura Sustentável para os nossos fornecedores de fruta, legumes e flores em Portugal. O manual enumera oportunidades de melhoria em áreas estratégicas, como o uso do solo, a preservação da biodiversidade, a eficiência nos consumos de água e energia, e a utilização adequada de fertilizantes e fitofármacos. Foi igualmente concebido para ajudar os produtores a calcular o índice de sustentabilidade das suas explorações. Disponibilizamos também formação às explorações integradas no projeto, alinhando a metodologia utilizada no manual com os objetivos da estratégia europeia “Do Prado ao Prato”.
Em 2024, aplicámos os princípios do manual em 15 novas explorações localizadas em Portugal e reavaliámos 13 que já eram participantes no projeto, totalizando 28 explorações avaliadas durante o ano. O índice de sustentabilidade médio destas novas explorações foi de 3,65 (numa escala de 1 a 5, em que 5 equivale à pontuação máxima). Durante o período de 2024-2026, temos como objetivo avaliar pelo menos 60 explorações em Portugal.
As reavaliações são normalmente realizadas de dois em dois anos e, de um modo geral, os indicadores com melhor pontuação (superior a 4) são os relacionados com a gestão de resíduos, as práticas agrícolas e o uso dos solos. Os indicadores que apresentam maiores oportunidades de melhoria são os relacionados com o consumo de energia.
Desde o início da aplicação do projeto em 2016, foram integradas mais de 200 explorações de 100 fornecedores. Os fornecedores que participam no projeto com pelo menos uma exploração agrícola representam 67% do volume de frutas, legumes e flores adquiridos pelas nossas Companhias em Portugal.